segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Revista dirigida 6ª edição - EaD

Revista virtual com várias entrevistas e artigos sobre o ensino à distância. Confira!
http://www.revistadirigida.com.br/home.aspx?edicao=6

domingo, 4 de outubro de 2009

Perfil dos Alunos da EAD

Todos os que procuram o ensino a distância, estão procurando além de aprendizagem, também a correlação com seu tempo oportuno.
Muitos deste estudantes são trabalhadores, que não podem estarem todos os dias numa sala de aula, e o curso a distância, oferece a mesma oportunidade a estas pessoas aprenderem através dos tutores virtuais e dos materias oferecidos.
É necessário, no entanto, bastante cuidado e disciplina do tempo, além de motivação, para que o curso seja concluído com exito, e assim, os técnicos formados sejam altamente competentes.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Video sobre EAD

link sobre video da EAD
http://www.youtube.com/watch?v=uihvKrVu5QY&feature=related

Entrevista sobre EAD

Nada de receitas. Educação do futuro será marcada pela aventura da descoberta do conhecimento

Fonte: Marana Borges, da USP Online (marana@usp.br)

Carteiras, lousa, giz. A tradicional forma de ensino, em que o aluno vai à escola assistir às aulas, está fadada a acabar. A educação do futuro será essencialmente a distância, principalmente via Internet. Quem diz isso é Fredric Michael Litto, que já orientou mais de 30 teses sobre a comunicação e a educação mediadas por computadores. Além de ser economicamente mais viável pelo fato de não necessitar da infra-estrutura de escolas normais e poder ultrapassar as fronteiras entre países, entre cidade e campo e entre classes sociais, essa modalidade de ensino tem maior eficácia e rompe com a relação de poder entre educador-educando, garante o professor.

Formado em Rádio e Televisão pela UCLA (Universidade de California, Los Angeles) e Ph.D. em Comunicações pela Universidade de Indiana, Fredric foi professor titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP até 2003, quando se aposentou. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) pelo segundo mandato e fundador-coordenador Científico da Escola do Futuro, laboratório interdisciplinar de pesquisa da USP que estuda as novas tecnologias digitais de comunicação e suas aplicações educativas.

A educação a distância acabará com o professor?
Fredric Litto:
Pelo contrário. Numa sociedade do conhecimento, do futuro, toda pessoa economicamente ativa terá que fazer um curso a cada ano ou a cada seis meses. Ninguém mais vai se aposentar futuramente. Quem vai preparar todos esses cursos para a população? Teremos uma demanda de professores para toda a população como nunca existiu. O mercado para educadores que estejam dentro desse novo paradigma da educação - de não dar o prato feito para o aluno, mas sim criar aventuras de descoberta do conhecimento - será glorioso.

O computador substituirá o professor no trabalho mais chato: corrigir exercícios, provas. Às vezes o professor não tem tempo para atender cada aluno e explicar várias vezes uma idéia. Não é somente o professor sozinho na sala de aula com seu giz e sua saliva, mas uma equipe. Se ele estiver animado, falará, se estiver com má disposição, dará uma aula terrível. Ele falta, a escola fica em greve.

Qual a especificidade e a vantagem dos cursos a distância?
FL:
O elemento mais importante é a interatividade entre os alunos no fórum de discussão, que é diferente do chat, da sala de bate-papo. O fórum é um debate entre os alunos que participam do curso. Nisso os alunos aprofundam o conhecimento da matéria. Na sala de aula presencial, quem domina a situação é o professor, que tem papel ativo, enquanto os alunos têm um papel passivo. Todas as pesquisas sobre aprendizagem deixam claro que se o aluno tiver um papel ativo no processo de descoberta do conhecimento, esse conhecimento pertencerá verdadeiramente ao aluno, e não ao professor. O novo papel do professor na educação contemporânea é criar situações em que é o aluno quem descobre o conhecimento.

Veja, há uma parcela que não pode se deslocar. Cerca de 10% da população de todos os países possui alguma deficiência física. Essas pessoas também têm direito de estudar, e a educação a distância normalmente é a única forma que eles têm. O curso vai até a casa deles. Há o caso de muitos adultos que querem voltar a estudar mas não se sentem à vontade numa sala com jovens, ou o caso de quem mora muito longe da faculdade; para eles a EAD é uma boa opção.

O papel ativo do aluno é possível em uma educação presencial?
FL:
Não. Na sala de aula presencial a dominação do professor é inevitável. Ele quer fazer sua aula expositiva, pode até responder às questões dos alunos, mas as relações entre os próprios alunos não existe e é muito difícil numa sala com 30, 40 estudantes. Quando o curso é reconfigurado para a Internet, tudo muda. O professor continua sendo o arquiteto, planejando quais tópicos e leituras serão analisados durante o semestre etc. Uma vez iniciado o curso, e isso as pesquisas mostram, o professor fica em segunda importância. As leituras são mais um trampolim para a discussão entre os alunos, e a grande aprendizagem ocorre na interatividade entre os estudantes.

Mas a educação a distância é o único espaço possível para a relação igualitária entre educando e educador?
FL:
Já há no imaginário social a figura do professor como alguém superior. E, por exemplo, salas com poucos alunos são inviáveis economicamente. Além disso, a educação a distância pode ser muito mais eficaz. Ou seja, não é só uma questão econômica, mas pedagógica. No Canadá as pesquisas mostram que um curso universitário pela rede é mais eficaz na aprendizagem do aluno que o presencial.

Essas pesquisas podem ser aplicadas ao Brasil?
FL:
Podem. Poderíamos usar a educação a distância para incluir pessoas de outros países de língua portuguesa e aí formar turmas maiores. Porque na educação a distância você precisa chegar a uma escala, ter centenas de alunos para justificar todo o investimento que foi feito. Confeccionar conteúdo, arte, música, vídeos etc. requer um investimento muito grande. A oferta de cursos universitários no Brasil é muito maior que de muitos outros países.

O MEC exige que parte do total de aulas de um curso a distância seja presencial. O senhor acha isso necessário?
FL:
Não. O MEC é muito conservador. Eu confio nas pessoas. Se eu não tiver nenhuma razão pra duvidar de alguém, não duvido. Na universidade ninguém fica controlando se o aluno está colando na prova, se foi ele mesmo que escreveu o trabalho. Tem que haver um sistema de honra. Você não pode obrigar as pessoas a serem honestas, temos que confiar nelas. A universidade não pode ser polícia.

Como ficam as relações humanas somente pela Internet? As relações virtuais não são impessoais?
FL:
Não é um lugar para namorar. As pesquisas sobre isso mostram que a sociabilidade em cursos pela web são muito intensas, e surgem grandes amizades, mesmo que os estudantes morem em cidades ou países distantes. Isso porque você tem o fórum para discussões acadêmicas, mas também tem o chat para brincadeiras.

A alfabetização pode ser feita a distância e pela Internet?
FL:
É mais apropriado que seja feita pela televisão. Cuba, por exemplo, erradicou o analfabetismo principalmente com a educação a distância via televisão.

A modalidade de educação a distância é muito antiga?
FL:
Começou há 150 anos na Europa, depois nos Estados Unidos. Eram cursos universitários e pré-universitários por correspondência, de formação de especialistas em eletrônica, veterinária etc. Tinha de tudo. No Brasil essa modalidade começou há cerca de 66 anos com cursos técnicos, como de cabeleireiro, joalheiro. E não é verdade que só eram procurados por pessoas de baixa renda. Hoje há 100 mil pessoas no Brasil que fazem esses cursos por correspondência, muitas delas de renda média que moram em cidades do interior.

O senhor acha que ainda existe preconceito contra educação a distância?
FL:
Acho que o preconceito já se foi, porque o Telecurso 2000 por exemplo foi um sucesso extraordinário. Ao formar 600 mil alunos por ano ele já está preparando a nova geração de educação a distância universitária.

De onde vinha esse preconceito?
FL:
A falta de informação. O Brasil é um país muito paternalista, dondoca, e até a classe média pega essas manias das classes mais altas. Então se a classe mais alta vai para a PUC, USP, FGV, ela quer também. Muitos esquecem (e não sabem) que a educação a distância poderia atender melhor às suas necessidades.

Qualquer aluno pode potencialmente fazer um curso a distância?
FL:
A educação a distância não é para todo mundo. Não é para aquele aprendiz que precisa do mimo e da cobrança do professor. Esse é um péssimo candidato para a EAD. É preciso um aluno altamente motivado, maduro, autodisciplinado, com alto grau de autonomia. Isso faz parte do jogo.

Qualquer curso pode ser dado a distância?
FL:
Sim, inclusive Medicina.

Quais são as experiências internacionais com a educação a distância?
FL:
As três universidades que hoje têm maior prestígio na Inglaterra são Oxford, Cambridge e uma universidade aberta a distância, que já tem 30 anos de existência. Há uma universidade aberta a distância na Índia, a Indira Gandhi National Opened University (IGNOU), que tem um milhão e meio de alunos. Não é necessário fazer vestibular para ingressar na instituição, e é uma universidade séria e respeitadíssima, o aluno tem que sobreviver às disciplinas. Lá só tem cursos a distância. Na Austrália, a University of Southern Queensland possui 7 mil alunos estudando bacharelado, mestrado e doutorado via Internet. Não há interferência direta de um professor real, a não ser que o aluno solicite.

O Instituto de Tecnologia de Massachussetts (EUA) gastou 10 milhões de dólares para disponibilizar gratuitamente na Internet o conteúdo de todos seus cursos de graduação e pós-graduação. Não seria bacana que todo o conteúdo da USP, UNESP e UNICAMP fosse disponibilizado na rede para qualquer pessoa? Os gastos poderiam ser pagos pela Fapesp. Seria a maior contribuição do Estado de São Paulo para a educação no Brasil. Isso ajudaria a melhorar as outras universidades, principalmente particulares, que não tem cursos tão bons. São nossos conterrâneos, que não têm acesso a grandes acervos de conhecimento.

Isso diminuiria o mito de que essas universidades são inacessíveis?
FL:
Sim, mesmo que não fossem emitidos diplomas, as pessoas teriam acesso a um conhecimento privilegiado.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mude a cara do seu PC



Mude a cara do seu PC